O presidente-executivo da Sony, Kazui Hirai, falou publicamente pela primeira vez sobre os ataques de hackers à divisão de filmes da empresa no fim do ano passado. Em discurso ontem na feira CES, em Las Vegas, ele agradeceu funcionários e colaboradores por resistirem a “um dos ciberataques mais maldosos da história recente”.
“Estou muito orgulhoso de todos os funcionários e, certamente, dos parceiros com quem trabalhamos, que resistiram aos esforços exorbitantes dos criminosos”, declarou Hirai.
O ataque à companhia aconteceu em novembro por causa do filme “A Entrevista”, trama fictícia que relata o assassinato do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un. Em retaliação ao tema, hackers vazaram diversos e-mails e informações sobre planos futuros da divisão cinematográfica da Sony.
Inicialmente a Sony cancelou o lançamento do filme, com medo de novas ameaças dos criminosos. Mais tarde, sob pressão de celebridades de Hollywood e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o estúdio disponibilizou o título em cinemas e serviços de TV por streaming.
“A liberdade de discurso e a liberdade de expressão são cordas salva-vidas para a Sony e nosso negócio de entretenimento”, afirmou Hirai.
De acordo com dados de rendimentos das bilheterias, “A entrevista” foi um dos maiores sucessos durante a temporada de férias de fim de ano. No entanto, a Sony ainda deve ter um longo caminho para recuperar os US$ 88 milhões gastos na produção.